Dia do Tradutor
Mil e seiscentos anos volvem desde a data da morte do responsável pela tradução, diretamente do hebraico para o latim, do livro mais vendido do mundo, a Bíblia. Reconhecido como santo, teólogo, historiador e escritor, a obra que mais o distinguiu, a Vulgata, faz de São Jerónimo o “Padroeiro dos Tradutores”, celebrando-se, no aniversário da sua partida física, e desde a segunda metade do século XX, o Dia do Tradutor.
Foi graças às suas capacidades de estudo, pesquisa, cultura retórica e filosófica, aliadas aos conhecimentos de gramática latina e grega, bem como do idioma hebraico, além de ter adquirido o latim como língua materna, que atingiu este feito, entre outros. A especialidade teológica e os horizontes alargados nas suas viagens, bem como apoios encontrados, e a prática e dedicação, foram igualmente importantes.
Afinal, os mesmos atributos exigidos hoje em dia a um digno Profissional de Tradução, se bem que na era da tecnologia, onde “a pena e o papiro” se trocam por ferramentas informáticas.
Que sejamos capazes de honrar a nossa Profissão como o nosso Padroeiro, jamais deixando de aprender e evoluir e colocar ao serviço da humanidade o nosso Dom das Línguas, mergulhado no Conhecimento.
Segundo Eliot Weinberger, escritor, ensaísta, editor e tradutor: “A tradução torna o estranho familiar”, permitindo a todos os que outras línguas não conhecem experienciar, apreciar e, principalmente, entender o que o autor pretende comunicar. A leitura, visualização e o consumo deste conteúdo torna-se então possível graças a quem se dedica a transformá-lo para o idioma do leitor, com toda a responsabilidade.
Um feliz Dia do Tradutor para todos que contribuem para a Compreensão Linguística global!